23 setembro, 2011

Porta vermelha

Um dia a pequena menina do vestido florido abriu a porta vermelha do quarto vermelho que tanto tinha vontade de conhecer e, de repente, caiu.
Não havia chão depois da porta vermelha do quarto vermelho.

16 setembro, 2011

No entanto

um dia não muito bonito
de um sol não muito visível
paredes não muito sujas
o som não muito alto
até as plantas... não muito verdes
o colchão não muito macio
dói a coluna não muito ereta
e o dedo não muito machucado
fez o traço não muito borrado
de um sorriso não muito aberto
que escreve um texto não muito inspirado.

15 setembro, 2011

Numa reta e o cigarro pela metade que caiu no chão

- Ando por aí querendo conversar comigo mas não me escuto. Nem sei onde é, já são três horas e eu tô na mesma.

Sei não...

E essa poesia toda que você me dá com os olhos?
Abre o sorriso bonito, perfil desenhado numa folha de papel e um nada completo no meio do pátio.
Uma e meia da manhã.