13 janeiro, 2011

Flores mentais

É nessa hora que me pergunto pra onde vão todos os beija-flores. Faça-te minha que eu me envio por encomenda. Tua. Mas quem?
Guarda no bolso pra não perder, tenha cuidado. Com carinho.
Leva assim. E não se esqueça de olhar os passarinhos cantarem na janela, acordando cada par de olhos que levantam da rede.
Eu já nem sei mais o que é isso, mas sempre acontece.

Um beijo e um abraço

Sempre gostei das tardes.
Nubladas, de preferência. Ou então aquelas ensolaradas de vento fresco.
Cães pintados de preto, fúria agora seca e desbotada pelas mãos do meu bem.
- Bem, bem, benzinho... Vê se me leva agora que eu não quero mais mudar de ideia, não. Vamos pelas curvas mais sinuosas! Pega o caminho mais longo que eu não quero chegar logo.
O nariz toca a janela, rosto encostado pra sentir todo o ar bater.

Fui.
Fomos.