21 julho, 2013

domingo

esse ambiente desconfortável. a mulher que foi pra rua. suor nas articulações. silêncio que eu não suporto. música de sobriedade, o gato se espreguiça e faz barulho. barriga grande de tanta porcaria mas o nariz respira, todo o resto funciona. o barulho de chaves já vem roubar minha solidão. pé balança no ar um ritmo entrou no lugar da calmaria. cabelo secando sozinho. nada no lugar, desenhos atrasados e roupas amassadas que nem ferro dá jeito. acabou o perfume. passou desodorante gelado. frase nenhuma faz sentido mas já se sabe que é assim mesmo. só uma toalha, a da semana passada na cadeira. troca a música chata. ela liga, cheia de gente. ainda bem, tá voltando. ufa. todo dia um muito dela e é assim que quero ser quando crescer. preciso aprender a renovar. reencantar. sei que não existe. obrigada pelos quatrocentos e seis. esse era o final já escrito. em tudo sempre comecei pelo fim. um pedido: que toda essa bagunça seja abençoada.

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