sempre quis ser engraçado. e inteligente, mas o mais inteligente. o melhor em alguma coisa, qualquer que seja. quis ser naturalmente simpático, amigável e imponente.
não sou nada disso. ao mesmo tempo gosto de poder ser o que quiser na hora que me convém. mas também ao mesmo tempo não sei quem sou nem me recordo de quem já fui. as únicas imagens de mim são meus reflexos. e fotos. é triste não poder se ver fora dos próprios olhos.
levantei. olhei-me refletido no espelho e busquei autoaceitação. uns onze buracos na cara, um nariz que me incomoda, um dente a menos - por enquanto - e bochechas. puta que pariu. eu invejo o amor próprio.
tirei fotos para a posteridade. temo não lembrar de minhas características, até das que mais desprezo. provavelmente também por isso escrevo.
mas antes de escrever, fui ler. fui ler o que já escrevi e as migalhas que deixei cair aqui. e é nessas horas... ah, nessas horas! nelas eu mais me detesto. eu me enojo. não é justo comigo.
4 comentários:
................... morrendo.
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venho lendo o blog desde uns dezesseis anos. hoje faltam dois meses pra fazer dezenove. mostrei só pras pessoas que eu mais confio, admito. peguei pra mim, senti ciúme. ah, também peguei essa mania de pontuar demais.
o que realmente queria dizer é que os dois-três minutos que gasto lendo seus textos realmente abriram os meus olhos pra um lado meu nunca explorado, e isso foi uma terapia pra vida.
sei lá, me senti na obrigação de comentar qualquer coisa aqui pra avisar à vocês dois o quanto as pequenas coisas fazem grandes transformações.
obrigada e obrigada.
AV
Eu tive o sonho mais lindo. O instante mais real. Mas tô sentindo tua falta, minha Carolina. Você se deixa, mas eu não consigo deixar você. .
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