eu havia conhecido Maurício há um mês.
ele me interessara, mas eu tinha certeza de que ele não era o cara. essas coisas que a gente sempre ignora.
quando parei naqueles braços, ele me trouxe o movimento.
eu estava cansado e fodido. cheio de fumaça tosse pergunta problema despacho. carregava o mundo nas costas mais uma vez.
então ele trouxe a leveza.
foram cinco dias e quatro noites. ele se dizia nas brechas e meu eu predador caçava seu olhar. eu o via desenrolar e contava cada minuto para fitá-lo. era a melhor parte. eu mergulhava em seus olhos e lá me perdia ao desvendar seus sorrisos.
ele almava a graça.
seu toque áspero irreconhecível só calafriava ainda mais meus poros.
naquele dia outonou no inverno. e eu fui vivendo de neologismos. não tinha mais vocabulários pra ele.
Maurício me entrelaçou em suas pernas apertou forte e eu só desejei ser sufocado. seu cheiro nunca mais saiu de mim.
seu toque áspero irreconhecível só calafriava ainda mais meus poros.
naquele dia outonou no inverno. e eu fui vivendo de neologismos. não tinha mais vocabulários pra ele.
Maurício me entrelaçou em suas pernas apertou forte e eu só desejei ser sufocado. seu cheiro nunca mais saiu de mim.
Um comentário:
"um mês.
5 dias.
4 noites.
inverno."
- você diz. e minha cabeça explode. sempre acho que é não sendo. caralho-ela-ta-falando-da-gente, penso. mas posso estar viajando também.
vivo sempre viajando.
and that's my life.
that's our life.
pensava estar sozinha por esses becos na madrugada.
não estou.
você também não está.
se não for nada disso, ignore.
se for, ignore também.
(ou não)
Catherine Z.
Postar um comentário