21 setembro, 2015

imperativo

numa carta cortada endiabrada sem sentido escrito o que não devia. eu não quero vê-lo de sorrisos pútridos, você dizia. não minta para mim. costuro minhas pernas. seja o que quiser. impere em meu governo mas respeite seu monarca. não desalinhe não se esqueça não se apaixone não desafie não desapareça não rime não entristeça não se faça em vírgulas não se desfaça não ameaça não hesite não transborde não seja.
entregue-se de mãos vazias. seja meu não liberto inconsequente, sempre quis um de estimação. me deixe dormir com você. trepe com a ilusão. não seja feliz. eu o amo. tudo o que eu quero é te ver sorrir. eu sou instantâneo.

19 setembro, 2015

suspirar

uma vez feito aço
banhado folheado
simplifiquei
enverguei
inteira ao menos uma vez
fui estive foi presente
sou e sei
eu não dava nada por ela
ela não dava nada por mim

18 setembro, 2015

amanhecer

já andei tantos becos
em cantos sem graça
mais do mesmo

parei por aqui pra te ver
danado! era só pra ver
mas sorriu nos meus olhos
me alcançou
e deixei me perder sem consentimento
fui de carona no encanto de sua apatia
pra sentir além
sem ver aquém