21 setembro, 2015

imperativo

numa carta cortada endiabrada sem sentido escrito o que não devia. eu não quero vê-lo de sorrisos pútridos, você dizia. não minta para mim. costuro minhas pernas. seja o que quiser. impere em meu governo mas respeite seu monarca. não desalinhe não se esqueça não se apaixone não desafie não desapareça não rime não entristeça não se faça em vírgulas não se desfaça não ameaça não hesite não transborde não seja.
entregue-se de mãos vazias. seja meu não liberto inconsequente, sempre quis um de estimação. me deixe dormir com você. trepe com a ilusão. não seja feliz. eu o amo. tudo o que eu quero é te ver sorrir. eu sou instantâneo.

Um comentário:

miga disse...

malditas incoerências mundanas que nos faz sentir o amor de forma contraditória. nunca se sabe se ama nunca se sabe se quer. se quer também não quer. cole os pedaços da carta se reconstrua. trepe com a verdade.