05 novembro, 2015

(d)o nada

você sabe, eu não sei mais aparecer. eu sumi. abriu a janela, era uma vez. você deixou ele ir. deixou não, você jogou lá do alto do septuagésimo quarto andar sem dó sem piedade sem pensar em nada sem razão sem consideração e eu tenho vontade de te matar te bater te socar cada vez que você vem até mim com essas gracinhas essas ironias essas formalidades bestas essas provocações essa estupidez de nariz em pé e cara de quem não me conhece e que não se importa e não quer nada e não fala nada afinal eu não sou nada quem sou eu mesmo?

nada foi o que tinha de ser. nada é tudo que sei de você. e também o que eu já posso ser. e o que você pode não fazer. ou onde isso vai dar. pode não ser nada disso. mas eu não posso fazer nada.

Nenhum comentário: