Andava de um lado para o outro, investigava cada canto do quarto. Debaixo da cômoda, da cama, entre os livros caídos na estante... E só havia poeira, cada vez mais poeira. Narinas entupidas, cansado, morrendo de vontade de deitar na cama e só acordar na noite seguinte, mas não podia se dar por vencido. Então respirou fundo e tirou cada gaveta do criado-mudo e debaixo do colchão e atrás das cortinas e revirou os móveis e o lençol da cama e até a fronha do travesseiro e não aguentava mais aquilo tudo e precisava desacelerar e se jogou na cama. Ufa.
- Deus, onde está?
Seu corpo dolorido, as orelhas zumbindo. Não pode nem perceber a chegada do seu companheiro.
- Posso ajudar?
- Ah, seria ótimo!
- Nessa bagunça toda acho difícil encontrar alguma coisa.
- Pois é... Tanto que não encontrei até agora.
- E o que é que você tanto procura?
- Eu... Eu não sei.
2 comentários:
é que eu tô aqui.
achou! hehe
E quem procura acha.
Mesmo que demore!
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