11 agosto, 2010

Sonho

Já era tarde.
Abria meu armário para procurar um pijama quando percebi um pequeno feixe de luz no cantinho. Estranho... Tive certo receio de ver o que era, mas não pude resistir. Minha curiosidade era tanta que acabei entrando e tropecei na fechadura da segunda porta, caindo na gaveta. Limpei a poeira de meus braços, analisei o local. Notei o brilho vindo do pequeno tão grande relicário, já esquecido lá no fundo. Cheguei perto, concentrei minhas forças e abri a tampa.
Então me deparei com um enorme corredor azul e não tive mais medo de seguir em frente. Uma nuvem de poemas cercou minha cabeça. Encantei-me. Pisava cuidadosamente em fotos, cartas e chutei alguns bilhetes sem querer. Alguns papéis de bala também grudaram no meu pé, mas nada de mais. Continuei.
Uma canção tocava tão bonita que me arrancou uma lágrima. Senti saudades quando percebi que não era mais naquele mundo que eu vivia. Já não era mais a pessoa que havia assinado aquelas cartas que não foram entregues, nem tampouco a pequena e graciosa menina de quem aqueles corações inocentes tanto falavam. Aperto no peito, agora muitas lágrimas salgadas.
Olhava fixamente para aquele céu repleto de pedaços de mim. Respiro fundo - Ai, vontade de... ah... ah... ATCHIM! - Espirro forte que me fez saltar, caindo num buraco e aahhhhhhhhhhh...

Sacudo a cabeça. Acho que sonhei. Ufa, tenho medo de altura.

3h46 da manhã. Acabo de voltar à sala. Ligo meu computador e escrevo esse texto bobo. Só pra não me esquecer de lembrar mais. Boa noite.

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