04 outubro, 2015

água morna
pedra dura
tanto bate
até que cura

Um comentário:

Anônimo disse...

A menina que conheci tinha 17 anos. Hoje, mulher. linda, artista, escritora casual. Eu adoro seu modo de se vestir. como arruma os cabelos. como lida com os pincéis. com as canetas.
Fui embora, mas ficou uma coisa aqui por dentro que me sobe pelos espaços da garganta às vezes. Digo às vezes, porque passaram meses, anos, e ainda hoje, hora ou outra, algo me come pelas beiradas. é sempre você. me perdi. me achei. você se achou, se perdeu. acho que me encontro e me perco todos os dias. Talvez por isso esteja aqui, jurei não responder, mas me trapaceio quase sempre. o coração é um puto mesmo. às vezes peço pra ele gritar mais baixinho no escuro, mas ele dá um berro na minha cara e vira as costas. depois volta querendo colo. e eu dou. já o atropelei tanto quando mais nova que deve ser uma forma de me redimir. acostumei.
Não sei onde quero chegar por aqui. Se quero chegar. sei que sinto saudades de algo que nem começou, ou que sequer vivemos, saudades do que fomos e do que não fomos. foi isso por muito tempo.
Se a Lua está em câncer, eu não sei, só peço pra que ela me dê uma respiração mais branda, um sopro de cada vez. pra que não retire as coisas do lugar, ou as ponha no lugar.
espero que você esteja bem.