31 dezembro, 2011
30 dezembro, 2011
Um segundo
Tempo da palavra difícil e agora talvez eu tente entender um pouco do que foi escrito naquelas linhas inexistentes do tão invejado caderno preto estufado de rabiscos, cores, amores, poemas, perdões. Talvez eu não saiba que de tão simples as coisas podem ser brilhantes. É tempo ruim. É tempo difícil e o engraçado é que tudo é tão materializado e no primeiro segundo já vai ser completamente diferente. Mas pra quem? Pra mim? Pra você? Puta que pariu! Acho que ninguém me avisou, porque pra mim não vai mudar não, amigo.
19 dezembro, 2011
Rota
Acho que é preciso viver um pouco mais sem pensar que corre-se o perigo de não achar o caminho.
Sempre há um mapa para os perdidos. Pra que se preocupar?
Vai entender.
Sempre há um mapa para os perdidos. Pra que se preocupar?
Vai entender.
18 dezembro, 2011
Andanças
Ultimamente tenho andado com a sensação de que esqueci alguma coisa.
Quase sempre que saio de casa. Todo dia.
Talvez eu tenha me deixado em algum lugar sem perceber, só pode.
Quase sempre que saio de casa. Todo dia.
Talvez eu tenha me deixado em algum lugar sem perceber, só pode.
07 dezembro, 2011
Catarina
Catarina, volta.
Volta, Catarina.
Volta, Catarina, pro meu mundo que era feliz.
Catarina, volta, mas me deixa ser feliz sozinha!
Volta! E não saia de perto de mim.
Volta, Catarina, mas não fique tão perto.
Volta, Catarina, volta e não desgruda.
Catarina, volta e aquece meu coração daquele jeito que você fazia.
Volta, Catarina, mas te gosta primeiro.
Catarina, Catarina, vê se volta de um jeito que a gente consiga se amar.
Ai, Catarina... Volta?
Volta, Catarina.
Volta, Catarina, pro meu mundo que era feliz.
Catarina, volta, mas me deixa ser feliz sozinha!
Volta! E não saia de perto de mim.
Volta, Catarina, mas não fique tão perto.
Volta, Catarina, volta e não desgruda.
Catarina, volta e aquece meu coração daquele jeito que você fazia.
Volta, Catarina, mas te gosta primeiro.
Catarina, Catarina, vê se volta de um jeito que a gente consiga se amar.
Ai, Catarina... Volta?
22 novembro, 2011
Coroado
eu finjo muito bem.
e continuo reinando no castelo de mentiras que eu mesma construí. do meu povo cuido eu.
e continuo reinando no castelo de mentiras que eu mesma construí. do meu povo cuido eu.
A corda
André deixou bilhete:
"Você não sabe escrever mais nada além de frases. Abaixe o volume dessa sua música em francês, não sei onde você quer chegar com isso. De quem você quer chamar atenção? É tudo tão ridículo... Já viu o quão apertadas suas roupas estão? Já não chega dessa rebeldiazinha de pré-adolescência, mastigar cigarros, bolar quinze baseados, beber pra caralho e viver na merda? Acorda, você tá inchando e ao mesmo tempo esvaziando essa cabeça, esse coração que um dia já teve tanto!
Tira essa corda do seu pescoço, tira..."
"Você não sabe escrever mais nada além de frases. Abaixe o volume dessa sua música em francês, não sei onde você quer chegar com isso. De quem você quer chamar atenção? É tudo tão ridículo... Já viu o quão apertadas suas roupas estão? Já não chega dessa rebeldiazinha de pré-adolescência, mastigar cigarros, bolar quinze baseados, beber pra caralho e viver na merda? Acorda, você tá inchando e ao mesmo tempo esvaziando essa cabeça, esse coração que um dia já teve tanto!
Tira essa corda do seu pescoço, tira..."
21 novembro, 2011
11 novembro, 2011
20 outubro, 2011
porra nenhuma!
Para você, que há tanto não anda por meus cantos. Cujos pés não mais vi, nem mãos, nem pés, nem mãos, nem mais pés.
Para você, que me incomoda e não sabe. Nem sei, eu sei...
Há tanto, há muito, há demais... Tempo demais.
"Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira
Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho
Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também
E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora
É se respeitar na sua força e fé
E se olhar bem fundo até o dedão do pé
Eu apenas queira que você soubesse
Que essa criança brinca nesta roda
E não teme o corte de novas feridas
Pois tem a saúde que aprendeu com a vida
Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira
Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho
Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também"
José...
Para você, que me incomoda e não sabe. Nem sei, eu sei...
Há tanto, há muito, há demais... Tempo demais.
"Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira
Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho
Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também
E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora
É se respeitar na sua força e fé
E se olhar bem fundo até o dedão do pé
Eu apenas queira que você soubesse
Que essa criança brinca nesta roda
E não teme o corte de novas feridas
Pois tem a saúde que aprendeu com a vida
Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira
Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho
Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também"
José...
23 setembro, 2011
Porta vermelha
Um dia a pequena menina do vestido florido abriu a porta vermelha do quarto vermelho que tanto tinha vontade de conhecer e, de repente, caiu.
Não havia chão depois da porta vermelha do quarto vermelho.
16 setembro, 2011
No entanto
um dia não muito bonito
de um sol não muito visível
paredes não muito sujas
o som não muito alto
até as plantas... não muito verdes
o colchão não muito macio
dói a coluna não muito ereta
e o dedo não muito machucado
fez o traço não muito borrado
de um sorriso não muito aberto
que escreve um texto não muito inspirado.
de um sol não muito visível
paredes não muito sujas
o som não muito alto
até as plantas... não muito verdes
o colchão não muito macio
dói a coluna não muito ereta
e o dedo não muito machucado
fez o traço não muito borrado
de um sorriso não muito aberto
que escreve um texto não muito inspirado.
15 setembro, 2011
Numa reta e o cigarro pela metade que caiu no chão
- Ando por aí querendo conversar comigo mas não me escuto. Nem sei onde é, já são três horas e eu tô na mesma.
Sei não...
E essa poesia toda que você me dá com os olhos?
Abre o sorriso bonito, perfil desenhado numa folha de papel e um nada completo no meio do pátio.
Uma e meia da manhã.
Abre o sorriso bonito, perfil desenhado numa folha de papel e um nada completo no meio do pátio.
Uma e meia da manhã.
17 julho, 2011
Frio
Às vezes acho que estou abandonando tudo. Se já não o fiz. Não. De poeira a gente faz um céu. Não tão bonito, mas faz. Não esqueço de nada, mas há egoísmo o suficiente para ficar aqui. Casulo. Do qual eu não quero sair - e algumas vezes não consigo mesmo.
Manhã de quarto escuro e som infindável na cabeça desde a noite quando tentei e não consegui cerrar os olhos.
Inferno meu...
Manhã de quarto escuro e som infindável na cabeça desde a noite quando tentei e não consegui cerrar os olhos.
Inferno meu...
22 maio, 2011
um pouco mais de cérebro, em minúsculas
não entendo talvez nunca consiga. senti falta dos sem rumo e das cachaças da vida e descobri que isso aqui não combina nada comigo no momento e eu queria pintar tudo tudo tudo tudo de preto e cinza como antes mas não! já que tanto trabalho me deu desfiar todas as entranhas e aqueles fios pretos presos me lembrando de como eu queria ter sido o amor da vida delas e que elas chupassem o chão por minha causa mas não se pode fazer isso. Morrisey pra mim não é ninguém porque eu prefiro cantar à luz da lua como hoje e ver lantejoulas sorrindo pra mim ao desafinar naquele refrão e eu paro e abraço o ombro ali que não entende mais nada e ao mesmo tempo entende tudo de cada feixe de luz que sai dos meus olhos - nossa não me lembrava mais como era bom fazer isso e eu sempre penso que aquele escritor escroto deve estar se debulhando ao ver que todo mundo tenta fazer que nem ele mas isso é só um jeito de se livrar de tudo e não é nada disso. não é nada disso. não há controle de absolutamente porra nenhuma - olha como é bom escrever porra! eu quero murros murros murros na parede por te odiar o jeito escroto que você tem e eu me vingo com aquele veneno de rato sangrento que eu comprei na mercearia aqui embaixo depois de tantas frustrações estúpidas e asquerosas tentando colocar a porra da sua mente no lugar tirando a porra da minha da minha própria cabeça de merda. de merda.
Lua
- Eu tenho medo. Tenho medo de me afogar
- Mas você não sabe nadar?
- Sei
- Então como se afogaria?
- O que tem uma coisa a ver com a outra?
- Tudo
- Não tem nada a ver
- Não?
- Você não sabe o que é mergulhar
- Hahaha... Você só pode estar brincando
- Deixa, eu vou embora
- Mas... Calma! Por quê?
- Você não me entende
- Nossa, o que foi que fiz?
- Nada, você só não é do jeito que eu queria
- E tudo tem de ser exatamente do seu jeito?
- Sempre.
- Muito mandão, hein...
- Desculpa
- Vem ver as flores!
- Gosto mais desse azul aqui
- Vem!
- Já disse que não
- Você não era assim
- Sempre fui
- Não comigo
- É o contrário. Sempre fui, mas não com você
- E o que há agora?
- A lua mudou de lugar, só isso
- Promete?
- Mas você não sabe nadar?
- Sei
- Então como se afogaria?
- O que tem uma coisa a ver com a outra?
- Tudo
- Não tem nada a ver
- Não?
- Você não sabe o que é mergulhar
- Hahaha... Você só pode estar brincando
- Deixa, eu vou embora
- Mas... Calma! Por quê?
- Você não me entende
- Nossa, o que foi que fiz?
- Nada, você só não é do jeito que eu queria
- E tudo tem de ser exatamente do seu jeito?
- Sempre.
- Muito mandão, hein...
- Desculpa
- Vem ver as flores!
- Gosto mais desse azul aqui
- Vem!
- Já disse que não
- Você não era assim
- Sempre fui
- Não comigo
- É o contrário. Sempre fui, mas não com você
- E o que há agora?
- A lua mudou de lugar, só isso
- Promete?
17 maio, 2011
Volta
Oi!
Só pra avisar que tô voltando. Devo chegar uns dois dias depois que você receber esta carta. Espero ainda te encontrar aí. Quero que você veja como eu tô mais bonito, mais bem cuidado... Vai se orgulhar de mim!
Aprendi um monte de coisas aqui, tô louco pra te contar tudo. Tô morrendo de saudades das crianças, devem estar enormes! Manda um beijo na testa e diz que eu tô chegando.
Me espera!
Beijos,
André
Obs.: Acho que nunca vou perder a mania de fazer cartas para chegarem antes de mim.
24 fevereiro, 2011
13 janeiro, 2011
Flores mentais
É nessa hora que me pergunto pra onde vão todos os beija-flores. Faça-te minha que eu me envio por encomenda. Tua. Mas quem?
Guarda no bolso pra não perder, tenha cuidado. Com carinho.
Leva assim. E não se esqueça de olhar os passarinhos cantarem na janela, acordando cada par de olhos que levantam da rede.
Eu já nem sei mais o que é isso, mas sempre acontece.
Guarda no bolso pra não perder, tenha cuidado. Com carinho.
Leva assim. E não se esqueça de olhar os passarinhos cantarem na janela, acordando cada par de olhos que levantam da rede.
Eu já nem sei mais o que é isso, mas sempre acontece.
Um beijo e um abraço
Sempre gostei das tardes.
Nubladas, de preferência. Ou então aquelas ensolaradas de vento fresco.
Cães pintados de preto, fúria agora seca e desbotada pelas mãos do meu bem.
- Bem, bem, benzinho... Vê se me leva agora que eu não quero mais mudar de ideia, não. Vamos pelas curvas mais sinuosas! Pega o caminho mais longo que eu não quero chegar logo.
O nariz toca a janela, rosto encostado pra sentir todo o ar bater.
Fui.
Fomos.
Nubladas, de preferência. Ou então aquelas ensolaradas de vento fresco.
Cães pintados de preto, fúria agora seca e desbotada pelas mãos do meu bem.
- Bem, bem, benzinho... Vê se me leva agora que eu não quero mais mudar de ideia, não. Vamos pelas curvas mais sinuosas! Pega o caminho mais longo que eu não quero chegar logo.
O nariz toca a janela, rosto encostado pra sentir todo o ar bater.
Fui.
Fomos.
Assinar:
Postagens (Atom)